Consultório - Ciberdúvidas da Língua Portuguesa
 
Início Respostas Consultório Tema: Classes de palavras
Simão Pinto Estudante Faro, Portugal 475

 

Ana Dias Professora Cantanhede, Portugal 432

Estou com algumas dúvidas na identificação de classe de palavras na expressão: «milhares de turistas»– nesta expressão, «milhares» é um quantificador ou um nome?

Agradeço a vossa atenção.

Diogo Pereira Tradutor São Romão Coronado, Portugal 513

Começo por agradecer o ótimo serviço que prestam aqui no Ciberdúvidas. Tornou-se uma ferramenta extremamente útil para ajudar a melhorar o nosso uso da língua.

A minha questão:

É muito frequente encontrarmos, em ambiente de tradução, expressões em inglês do género: «this feature helps you achieve better results», que, sendo gramaticalmente corretas e seguindo a intenção do texto de partida, traduziríamos como «esta funcionalidade ajuda-o a alcançar melhores resultados».

No entanto, é cada vez mais comum a exigência de neutralidade de género nas traduções. Para conseguirmos essa neutralidade, tem-se visto e usado muitas vezes algo como «esta funcionalidade ajuda a alcançar melhores resultados», sendo que, em alternativa, se poderia dizer algo como «esta funcionalidade dá uma ajuda para alcançar melhores resultados», o que resulta numa frase maior e mais complexa, algo muitas vezes não desejado no ambiente de tradução.

Aproveito para referir que se mantém o verbo ajudar na tradução, uma vez que o texto de partida não pretende dar garantias sobre a eficácia de tal funcionalidade, mas sim indicar que o seu uso pode dar certos resultados.

Este distanciamento é subentendido como uma forma de o autor do texto original de se ilibar de responsabilidades no caso de o uso de tal funcionalidade não dar os resultados pretendidos pelo utilizador da mesma. Neste caso, estamos a omitir o complemento direto.

Sendo ajudar um verbo transitivo, parece errado omitir o complemento direto. No entanto, uma breve pesquisa na Internet revela que o uso de ajudar sem complemento direto, em estruturas semelhantes, está bastante disseminado.

Posto isto, gostaria que me esclarecessem, se possível, se:

– há flexibilidade para omitir o complemento direto e, se sim, em que casos o poderemos fazer;

– a estrutura «ajudar a» + verbo no infinitivo é válida, à luz do exposto acima.

Desde já agradeço a vossa disponibilidade e bom trabalho.

Beatriz Silva Santos Estudante Chaves, Portugal 287

Na frase, do mesmo texto de Saramago, «Os amigos diziam-lhe que tinha um grande futuro na sua frente, mas ele não deve ter acreditado, tanto assim que decidiu morrer injustamente na flor da idade.», a oração «que decidiu morrer injustamente na flor da idade», para mim, é uma coordenada explicativa (por isso decidiu morrer), mas o facto de começar por «tanto assim», (de tal maneira que) pode ser considerada uma adverbial consecutiva? Neste último caso, qual será a subordinante?

Muito obrigada por me tirarem as minhas dúvidas.

 

Mariluz dos Anjos reformada Berlim, Alemanha 346

Pode-se antepor o adjetivo "livre" ao substantivo – "livre amor", por exemplo? E o que significa essa anteposição para o substantivo?

Maria Rosa de Sousa Fernandes Professora Braga, Portugal 433

Na frase «Os Judeus eram perseguidos por professarem uma religião diferente», «por professarem uma religião diferente» desempenha a função sintática de complemento agente da passiva ou modificador do grupo verbal?

Beatriz Silva Santos Estudante Chaves, Portugal 547

Nesta frase, excerto de um texto de Saramago, «Naturalmente, a sua vida era feita de dias, e dos dias sabemos nós que são iguais», a oração «que são iguais» é substantiva completiva, mas, tratando-se de Saramago, eu dei voltas à oração e parece-me que poderia ser adjetiva relativa restritiva, sendo «que» um pronome relativo cujo antecedente é «dias»: «Nós sabemos dos dias que são iguais.» («que são iguais» pode ser substituído pelo adjetivo iguais – «Nós sabemos dos dias iguais»).

Não sei se faz sentido a minha dúvida. Isto deixou-me baralhada porque eu vejo «dias» como o antecedente.

Obrigada.

Mariana Silva Professora Esmoriz, Portugal 345

Na frase «Não é porque o carro à nossa frente passou no amarelo que devemos arriscar transitar num vermelho», podemos considerar a oração introduzida por que como sendo uma oração substantiva completiva?

Maria Cristina Professora Porto, Portugal 487

A oração subordinada presente na frase «O poema desenvolve a ideia de que o mito pode explicar a realidade» é uma oração subordinada substantiva completiva ou adjetiva relativa restritiva?

Grata pela colaboração.

Humberto d'Abreu Funcionário público Alvalade, Portugal 976

Qual a forma mais correta em português europeu: «sou grato» ou «estou grato»?

Obrigado!