Consultório - Ciberdúvidas da Língua Portuguesa
 
Início Respostas Consultório Campo linguístico: Orações
José Garcia Formador Câmara de Lobos, Portugal 183

«Não DEVEMOS ter medo de nada e NÃO (devemos) DESISTIR da luta.»

Na frase anterior será possível subentender o verbo devemos entre o advérbio não e desistir?

Obrigado

Geobson Freitas Silveira Trabalhador público Bela Cruz, Brasil 308

Gostaria, por gentileza, de saber se é correto classificar o vocábulo afinal, no contexto abaixo, como conjunção explicativa, porque, a meu ver, sua função, na aplicação em questão, se aproxima muito do sentido expresso pela conjunção porque.

«Esqueça aquela garota, afinal ela não merece seus sentimentos.»

Cristiano Giuntella Estudante Ravena, Italia 248

Gosto muito do Rúben Amorim e vejo todas as conferências de imprensa dele.

Tenho uma dúvida sobre uma frase que ele disse hoje, ou seja (minuto 10:32, Youtube):

«O contexto é completamente diferente. Quando jogámos aqui, acho que tínhamos os mesmos pontos ou, se o Porto ganhasse, apanhava-nos na classificação.»

Tendo em conta que foi um evento relativo ao passado e hoje não poderia acontecer, não deveria ter dito: «Se o Porto tivesse ganhado, ter-nos-ia apanhado/tinha-nos apanhado na classificação»?

Obrigado.

Evandro Braz Lucio dos Santos Professor Santa Quitéria , Brasil 365

Na frase «As crianças se disciplinam logo cedo», vocábulo se é pronome reflexivo ou partícula apassivadora?

Já a frase na «A menina se cortou», o vocábulo se é pronome reflexivo com a função de objeto direto? Ou partícula apassivadora?

Como diferenciar partícula apassivadora de pronome reflexivo com a função de objeto?

Obrigado!

Patrícia Sanches Vendedora Faro, Portugal 378

Sabemos que os pronomes relativos devem ser procedidos pela regência dos verbos que os seguem. No entanto, não é uma prática que percebo na oralidade.

É frequente ouvir:

Li o livro que me falaste.

Em vez de: Li o livro de que me falaste.

Aprendi a música que gosto.

Em vez de: Aprendi a música de que gosto.

Gostaria de saber o que as gramáticas dizem sobre isto e a vossa opinião. Devemos considerar agramatical?

Obrigada!

Luísa Pinto Professora Mouriz/Paredes, Portugal 456

No excerto:

«O último elemento do grupo, o narrador, não era tão sonhador como os outros e, por isso, não via forma nenhuma naquela nuvem. Para não ficar mal perante os outros, ele afirma que vê um hipopótamo. Perante tal afirmação, toda a gente ficou espantada.»

As classes e subclasses das palavras via e para são, respetivamente, verbo principal transitivo direto e indireto (seleciona complemento direto e complemento indireto) e conjunção subordinativa final?

Obrigada.

Carla Santos Curiosa Ponta Delgada, Portugal 400

Gostaria que me esclarecesse qual constitui um melhor uso da lingua: a frase «Rogou a Deus para que lhe desse saúde», «Rogou a Deus para lhe dar saúde» ou «Rogou a Deus que lhe desse saúde». Será que as frases são todas aceitáveis?

Grata pela vossa disponibilidade.

Beatriz Silva Santos Estudante Chaves, Portugal 285

Na frase, do mesmo texto de Saramago, «Os amigos diziam-lhe que tinha um grande futuro na sua frente, mas ele não deve ter acreditado, tanto assim que decidiu morrer injustamente na flor da idade.», a oração «que decidiu morrer injustamente na flor da idade», para mim, é uma coordenada explicativa (por isso decidiu morrer), mas o facto de começar por «tanto assim», (de tal maneira que) pode ser considerada uma adverbial consecutiva? Neste último caso, qual será a subordinante?

Muito obrigada por me tirarem as minhas dúvidas.

 

Beatriz Silva Santos Estudante Chaves, Portugal 547

Nesta frase, excerto de um texto de Saramago, «Naturalmente, a sua vida era feita de dias, e dos dias sabemos nós que são iguais», a oração «que são iguais» é substantiva completiva, mas, tratando-se de Saramago, eu dei voltas à oração e parece-me que poderia ser adjetiva relativa restritiva, sendo «que» um pronome relativo cujo antecedente é «dias»: «Nós sabemos dos dias que são iguais.» («que são iguais» pode ser substituído pelo adjetivo iguais – «Nós sabemos dos dias iguais»).

Não sei se faz sentido a minha dúvida. Isto deixou-me baralhada porque eu vejo «dias» como o antecedente.

Obrigada.

Diogo Morais Barbosa Estudante Lisboa, Portugal 494

«João, apresento-te a Maria. Acho que vão gostar muito de se conhecer(em).»

O que está entre parêntesis é necessário, opcional ou um erro?