Rui Tavares - Ciberdúvidas da Língua Portuguesa
Rui Tavares
Rui Tavares
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Rui Tavares (Lisboa, 1972) formou-se em História e História da Arte, especializando-se no estudo do século XVIII. Colabora no jornal Público, na revista Blitz e no canal SIC Notícias, e exerce atividades enquanto escritor, tradutor, historiador e político. São da sua autoria as seguintes obras literárias O Arquitecto, O Fiasco do Milénio, Pobre e Mal, Agradecido e O Regicídio.

 
Textos publicados pelo autor
Amar a língua até a asfixiar?
Diversidade linguística e micrologia

«As línguas que têm ortografia unificada continuam a ter registos diversos e as que não têm ortografia unificada continuam a ter um idioma-padrão compreendido por toda a gente.Não é megalomania entender esta realidade.» Réplica do historiador e político Rui Tavares a uma nova crónica de Sérgio Rodrigues (Folha de S. Paulo, 19 de maio de 2021) e a um artigo de Nuno Pacheco (Público, 20 de maio de 2021), no contexto do debate à volta do sentido que tem atualmente a ideia de lusofonia e de unidade linguística.

Crónica incluída no Público de 21 de maio de 2021.

Ainda dá para salvar a lusofonia?
Tempo de soarem os alarmes

«Uma decisão intempestiva de autonomizar oficialmente parte da língua portuguesa teria também de ter origem num governo nacional (por ação, no caso do Brasil; por omissão, no caso de Portugal) [...] não mudaria em nada a intercompreensão entre as centenas de milhões de falantes da língua mas [...] teria um impacto desastroso para o português do ponto de vista da sua estratégia internacional.» A observação é do historiador e político português Rui Tavares, como reação à crónica do jornalista e escritor brasileiro Sérgio Rodrigues, que, na Folha de S. Paulo (12 de maio 2021), defendeu a proclamação, como língua independente, do português falado e escrito no Brasil (ler aqui).

Crónica do jornal Público em 14 de maio de 2021.

 

Os mundicordiosos
Um neologismo para a busca de um mundo harmónico

A propósito da 75.ª Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas, que começou a 16 de setembro de 2020 e se realizou pela primeira vez em modo virtual, por causa da pandemia de covid-19, o historiador Rui Tavares propõe interpretar uma palavra de Santo Agostinho, mundicordes como marca do anseio por um mundo menos caótico. Crónica publicada em 16 de setembro de 2020 do jornal Público.

O til de Fernãdo Venãcio
A propósito de um livro sobre a génese do português

Depois de, em 2014, se terem comemorado os 800 anos de um dos primeiros documentos em português – o testamento de Afonso II –, o tema das origens da língua portuguesa regressa à atualidade graças à publicação de Assim Nasceu uma Língua, obra da autoria do linguista, crítico literário, tradutor e escritor Fernando Venâncio, que o publicou em outubro de 2019, com a chancela da editora Guerra e Paz. A propósito do lançamento deste livro, inovador e polémico, transcreve-se com a devida vénia a crónica que o historiador e político português Rui Tavares assinou no jornal Público em 23/12/2019.

Ciganos: parte da nossa história <br> e do nosso futuro
Marcas do caló no português europeu

Com «uma plateia de umas largas dezenas de ciganos portugueses, homens e mulheres praticamente em paridade, jovens e mais velhos, de diversas formações e trajetórias», o historiador e político português Rui Tavares descobre o legado deste grupo étnico na língua falada em Portugal. Gajo e o próprio termo calão são palavras que documentam o contacto com o caló, a língua tradicional dos Ciganos. Crónica assinada por este autor na edição do jornal Público de 9 de setembro de 2019 e aqui transcrita com a devida vénia.

Na imagem, Cigana com menino, de Adelino Ângelo (n. 1931), Museu de Lamego (fonte: MatrizNet).