O nosso idioma - Ciberdúvidas da Língua Portuguesa
 
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Textos de investigação/reflexão sobre língua portuguesa.
Três episódios e alguns dados para a discussão <br>sobre o conteúdo dos dicionários
A necessidade de retratar a atualidade social da língua

«Uma obra de uma determinada época retrata ideias, usos, situações, crenças dessa época; constitui um documento histórico. Os dicionários também e por isso alguns podem apresentar conteúdos hoje socialmente inaceitáveis.» 

Artigo da linguista e professora universitária portuguesa Margarita Correia sobre a necessidade de rever e atualizar os dicionários. Texto publicado no Diário de Notícias em 22 de maio de 2023 e que se partilha com a devida vénia.

O presente e o futuro <br>dos dicionários de língua portuguesa
Uma pesquisa sobre os dicionários de português

«Fazer um dicionário é atividade morosa e dispendiosa e nem o acesso a tecnologias cada vez mais sofisticadas pode garantir a qualidade do produto final, se este não tiver por trás saber e reflexão sobre as palavras, a forma de as descrever e sobre aquilo que o utilizador espera de e procura num dicionário.»

Artigo da linguista e professora universitária Margarita Correia publicado no Diário de Notícias em 10 de abril de 2023.

 

<i>Dicionário da Língua Portuguesa Medieval</i>
Uma importante obra lexicográfica

«Apesar de ser uma das línguas faladas do mundo, de ter conhecido a atribuição de um  Dia Mundial pela UNESCO em 2019 e de se prever grande crescimento do seu número de falantes ao longo deste século, a língua portuguesa carece ainda de obras lexicográficas à altura da sua importância. Saúda-se, assim, a publicação do Dicionário da Língua Portuguesa Medieval

Artigo da linguista e professora universitária Margarita Correia , publicado no Diário de Notícias, em 28 de novembro de 2022, a propósito do lançamento do Dicionário da Língua Portuguesa Medieval, resultante de um projeto desenvolvido, entre 2004 e 2007, no Centro de Linguística da Universidade Nova de Lisboa, sob a coordenação dos professores catedráticos João Malaca Casteleiro (1936-2020), Maria Francisca Xavier (1942 –2019), Maria de Lourdes Crispim .

Em defesa do dicionário
Uma ferramenta poderosa

«Consultar o dicionário não é uma chatice que interrompe o curso de sua leitura; é, na verdade, um indício de que você está lendo com a inteligência desperta a ponto de distinguir as coisas que você entende das que não entende, as coisas que você conhece das coisas que não conhece.»

Apontamento que o tradutor e revisor de textos William Cruz publicou no mural Língua e Tradição no Facebook em 21 de fevereiro de 2021.

Se o léxico de uma língua é um sistema dinâmico, isto é, se se caracteriza pelo movimento, importa esclarecer como é visualizada a relação entre um léxico com essas características e um dicionário, produto acabado e, por natureza, entidade estática.

Para o fazer, importa responder a algumas perguntas e desmistificar algumas ideias feitas sobre os dicionários:

1. Até que ponto é que o dicionário determina o que pertence e o que não pertence às línguas?

Um retrato da língua
O papel dos dicionários

«Fazer o dicionário de uma língua viva – escreve neste artigo o filógo e político português Luiz Fagundes Duarte –é como tirar o retrato a uma pessoa: apanha-se-lhe o que ela é naquele momento, mas também se lhe apanha uma ruga que se forma, um gesto suspenso, um brilho furtivo do olhar, um acto falhado.»

*in jornal Açoriano Oriental